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domingo, 13 de dezembro de 2015

Páginas em branco

 
Ter uma página em branco.
Escrever. Não escrever.
O que escrever.
Contar uma história.
Revelar um poema.
Ou ensaiar sobre a vida.
Biografia.
Autobiografia.
Ficção. Realidade.
Em tudo aquilo que escrevo, há uma réstia de mim.
Escrever ou não escrever?
Desnudar a alma em frases e alterar estados de espírito em cada pontuação.
São fragmentos que se escapam e não voltam,
Pairam entre cada letra e palavra, revivendo em cada mente que nos lê.
Escrever ou trancar tudo dentro de mim?
Entretanto, as horas escorregam umas a seguir às outras,
antecipando uma eternidade que jamais chegará.
E a página queda-se em branco.

 

domingo, 15 de novembro de 2015

Você invadiu o meu coração...



Apossou-se

Viveu nele

E depois o fez chorar

Que derramou sangue

Você só quis feri-lo

Ele te amou...

Sofreu por ti

Teve que guardar a dor por algum tempo

Até trancar o passado.

Abandonar-te...

Mesmo ele ter amando com todas as forças

Um amor nocivo...

Que me deixou nas sombrias trevas

No congelamento da solidão

No consumo do silêncio

Na condenação do vazio

E com minha companhia

Com ela me entendi.

Foi outra metade de mim que me aconselhou a te esquecer

Ouvi e não foi à toa...

Que arranquei esse amor dentro de mim

Minha alma quase dormiu no meu corpo

Foi muita decepção...

Momentos de saudades amargas e lembranças

Saudade de quando você dizia que me amava

Mesmo que fosse mentira

Eu acreditei

Mas vi que você não sentia como eu...

Era distante

E inconstante

Só que tive de passar por isso

Pra eu saber que amor não são enganos e desenganos

Não é um faz de conta

É muito mais além

Amor está nas palavras e mais nas atitudes

É confiança

Não desconfiança

É um abrigar no outro

Sem mascarar

Pois quem finge não ama

E quem é digno não ama quem finge...

Amei sim...

Hoje, posso ouvir o nome...

Que nada sinto!
 Quando terminar a dor da tua ausência, continuará essa dor de saudade.
Corajosamente vejo nas arvores alguma morte quando as prendo no corpo.
Por entre palavras soltas, encontro-me e deixo-me perder novamente, seja pelo gesto ou simplesmente pela doçura da leveza do aparo que desliza suavemente pelas linhas impressas na folha de papel outrora imaculado e agora marcado pelo cunho da minha caligrafia.

 
 

domingo, 25 de outubro de 2015

Alucinação de amor


 
Sobre o travesseiro de flores de laranjeira
Um flash ofuscou meu olhar calmo e sonolento.
Vi seu corpo nu refletido no espelho da penteadeira,
Deu-me um frio na espinha naquele momento.
Sobre o criado que ladeava minha cabeceira
Uma foto sua aumentava meu tormento,
Minha ex-vida passou de forma sorrateira,
Enchendo-me de agonia e encantamento.
Uma voz que me foi familiar e costumeira
Aflorou-me no pensamento um antigo sentimento,
Sobre o veludo vermelho da velha cadeira
Recordei-me da primeira noite do nosso casamento.
Alucinado de amor e paixão, perdi a estribeira.
Debruçado sobre a cama na minha vã imaginação,
Sonhei...
Ti amando a noite inteira.

domingo, 27 de setembro de 2015

Não é adeus ...

 
E se eu nunca mais beijar seus lábios novamente?
Ou sentir o toque do seu doce abraço.
Como eu vou seguir?
Sem você não há lugar a qual eu pertenço
Bem, algum dia o amor te trará de volta pra mim,
Mas até que o faço eu terei um coração vazio.
Então eu terei que acreditar que em algum lugar lá fora....
Que você estará pensando em mim...
Até o dia que te deixarei ir,
Até que nós digamos nosso próximo "oi"
Até eu ver você de novo eu estarei aqui lembrando quando...
Não haverá mais lágrimas a chorar
É uma coisa que eu não posso negar...
Não é um adeus
Você pensou que eu seria forte o suficiente pra passar por isso
Mas é muito difícil ser forte
Quando acaba
É apenas uma questão de tempo, eu tenho certeza,
Mas o tempo leva tempo e eu não posso aguentar,
Vou tentar juntar meu coração quebrado novamente!
Não é adeus...
Sem mais lágrimas a chorar...
 

 

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Doía mais

 
Quando o amor parar de gritar...
O meu silêncio parará de gritar e enfim terei paz no meu coração!
Ainda esse amor chora, soluça e grita na solidão deixada...
É uma agonia preciso a qualquer custo me encontrar...
Já estou um tempão perdida na solidão do meu ser!
Tenho que acalmar esse amor que tanto chora dentro de mim e quer voar...
Tenho que libertá-lo!
Como é difícil desistir de quem mais se ama...
Mas preciso desistir desse amor
Pois sempre me enganou com o seu amor.
Esse amor tem que ficar isolado e calado.
Não quero mais senti-lo e ouvi-lo no meu coração que precisa de descanso!!!
Aquela dor que na minha solidão me feria
Não me fere tanto...pois me feria com ele
Aquele amor sempre ousou a me ferir
Sempre me deixou amar quem o meu coração não queria
Um flocos de neve ou um quebra nozes...
Ou seja um espetáculo de ilusões e que por um momento tinha magia e encanto
Eu acreditei
Ele me fez acreditar!
Senti sussurrar nos meus ouvidos esse amor.
Mas hoje sinto o sussurrar do silêncio dele.
Aliás sempre estive em silêncio
Amando no silêncio da noite e no silêncio da solidão que esse amor me fez ficar!
Senti mais dor quando estava com um fantasma do que agora...
Pois amar sozinha é a maior dor!!!
Sofri e sofri muito
Mas estou bem melhor sem ele do que com ele
Ele me fez sofrer muito mais
Ainda bem que aquele pesadelo acabou!!!

domingo, 6 de setembro de 2015

Recobra-me-ei


Eu estive triste...
Por você ter se escondido em seu medo
Sofri e me tranquei
Fiquei só com minhas dores e minhas feridas
Você invadiu-me
Seguiu meus passos
E ocupou o vazio da minha alma
Até em minha solidão, sua lembrança esteve
A saudade que sinto por ti sangrou o meu coração
Mesmo longe de você
Não me deixou descansar
E muito menos a dor
Abrandar
O que restou do nosso amor
Foi sofrimento e muitas mágoas
Por isso quis ficar comigo
Curtir o momento de dor
Seu amor habitou em mim um bom tempo
Mas não renascerá mais
Pois não acredito que você me ame
Pode se declarar de novo pra mim
Que ficarei fechada
Porque quando algo morre em nós
Não adianta
Porque eu só sofri por sua causa
Chorei por ti...
Afoguei-me em lágrimas
Agonizei em minha dor
E gritei a plenos pulmões
Guardei-te em minha memória
Mas te afundi lá...
Não sei por que ainda penso em ti
Deve ser pra eu te extrair dentro de mim
Portanto desse modo talvez consiga
O que tanto preciso fazer é
Esmagar-te em sua turbulência
Naquele seu conviver
Que se alastrou no meu...

sábado, 8 de agosto de 2015

Indecifrável....

Não queira me entender
Sou indecifrável
Não tenho destino.
Sou uma brisa que sopra sem direção
Sou como a tempestade
Às vezes se anuncia violenta
Mas não chega, se dissipa no ar
Sou o infinito longínquo
Mar bravio, em noite sem luar
Quero ser a aurora, trazer a luz da manhã
Uma flor
Um pássaro...
Quero renascer como Fênix.
Quero ser o silêncio de uma noite tranquila
Um perfume, uma nota musical
Estou à deriva, sem âncora
Segure minha mão, aprisione-me
Quero perfumar sua alma
Florescer em seu coração
Ser a sua sinfonia de amor

?....


Onde está?

Por onde anda?

Qual caminho tomou?

Qual estrada pegou?

Onde foi?

Que trilha seguiu?

Por qual ladeira subiu?

Qual curva preferiu fazer?

Não sei...

Só sei que é um labirinto.

E eu não consigo escrever.

Sem inspiração...

domingo, 26 de julho de 2015

A magia do sonhar


 
O sonho perfeito
O sonho ideal
Que leva e trás magia
Que me faz acreditar.
A magia das coisas
Na suavidade do sentir
Que me leva para longe
Que me faz sorrir.
Sorrisos perfeitos
Do coração até a voz
Caminhos estreitos
Da alma até nós.

domingo, 5 de julho de 2015

Amor nas trevas

O amor é lindo como o luar...
Mas quando acaba esse luar se transforma em trevas...
E para Sair de lá...
 É difícil...
É melhor nem entrarmos!
Mas entramos e ficamos sem querermos...
O amor pode construir...
Mas também pode destruir!!!
Tanto pode nos encantar..
Como pode nos desencantar!!!
Nossos olhos ficam vermelhos de tanto chorar
 Nosso peito fica estufado nosso coração fica em meio a tanta
solidão...
Nossa alma fica em silêncio, como dói amar...
mas a dor de amor...
machuca...
É como se fosse um veneno, mas não mata e nos faz nunca
desistir do amor mesmo com tanta dor e sofrimento...
pois ainda é a força que move o nosso caminho!!
Sem amor ficamos isolados...
E com amor dependendo também...
mas é melhor ficarmos com amor que nos ama...
E então não ficaremos isolados...
pois quem ama...
Nunca está só!!!
Digo um amor para toda vida...
Se é que existe...
um amor que não nos coloque na solidão...
 Que não nos machuque com o seu engano...
Que não faça o nosso coração derramar lágrimas...
Que não nos cause um vazio...
Que não nos falte um amor que perfume nossa alma!
Aquele amor que só nos decepcionou e desiludiu.
Devemos fingir que nada sentimos pois um vazio fica dentro da gente um vazio de quem amou
Mas não foi correspondido...
E que sempre nos deixou no escuro da solidão!!!
Recuso amor desse tipo...
É como se eu não tivesse amado
E amado quem uma ilusão?

sábado, 20 de junho de 2015

A poesia de volta pra casa


A Poesia deixou minha casa, foi-se brava porta a fora, saiu depressa e zangada, dizendo já vou embora, vou cantar novas canções, encantar mil corações, Que esperam por mim agora.
Ela que morou comigo, que foi minha companheira, em noites de grande alegria, sempre bela e faceira, quis trilhar novos caminhos, quis sentir outros carinhos, viver de outra maneira.
Foi um baque para mim, suportar tanta maldade, com esta separação, quase morro de saudade, mas segurei esta barra, com toda força e garra, que guardo no coração.
Soube por outras pessoas, os lugares que ela visitou, transpôs rios e florestas, até oceanos cruzou, morou em várias cidades, com gente de toda idade, levando a vida em festas.
fez de tudo que queria, amou e se fez amada, abusou da imaginação, como uma diva inspirada, teve príncipes encantados, cavaleiros e soldados, morando em seu coração.
Agora diz quer voltar, quer reatar a parceria, que um dia abandonou, e me enche de alegria, pois amo sua presença, e volta com minha licença, para o lugar que ocupou.
Mas como é de costume, com gente de altivez, sei que um dia qualquer, que acabar a Inspiração, ela faz o que fez agora, e se manda porta fora, pra retornar outra vez.

domingo, 14 de junho de 2015

Chuva de Sentimentos

Aqui dentro...
Escondo-me da chuva,
Deixo apenas o amor transparecer
Para enxugar as gotas mais fortes.
E o amor?
Reservo todo só para você.
E essa chuva que não passa,
Alaga o meu rosto.
Sentimentos retraídos
Intercalados pela chuva.
Não é que não gosto da chuva
Mas hoje não quero me molhar.
O frio serviu para que eu percebesse
Que preciso de você,
Tanto o quanto precisas de mim
Quando chove,
As horas parecem não passarem
Segundos são dias chuvosos.
Prefiro o sol brilhando logo cedo
Acordando-me, chamando pra viver.
E como poderia viver sem o calor?
(Sem o teu calor)
Natural, único e necessário.
As nuvens escondem a lua
Que certamente brilharia para nós.
Entre sol e lua, prefiro você.
Encontrar-nos e criar o eclipse lunar.

domingo, 31 de maio de 2015

Passos seguro



 

Caminhava pela calçada nua, tendo somente por companhia o som dos teus passos;
Passos esses jovens e vigorosos...
Andava pela cidade, aspirando o ar gélido da manhã
O sol morno ainda não aquecia
E o vento soprava forte.
Andava ligeira pelas ruas, de nariz no ar e olhos em quem passava, procurando algo que me fizesse acordar do sonho.
Só tinha os teus passos comigo, seguros e impetuosos.
E eu caminhava, caminhava mas nada encontrava.
Nada de nada.
De tanto procurar, voltei-me pra trás e nada de nada.
Tinhas partido...
E só tinha comigo o som desses teus passos seguros
e a lembrança do ímpeto com que marcavas a calçada.
Uma lágrima caiu-me, desamparada na calçada.
E do céu azul, uma brisa que me secou as seguintes.
Eras tu, feito remoinho,
que de mim cuidavas;
e a carícia feita de vento, aqueceu a minha manhã
e segui pela calçada nua...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A escuridão possui-me...

 
As trevas do pensamento humano
A escuridão dos seus corações
Os subúrbios dos seus desejos...
A mais amarga tristeza
De uma lágrima derramada
Sobre uma espada cravada
Em corações inocentes...
Esta dor que dói
Sem nos apercebermos...
Que corrói nossas entranhas....
Que magoa...
A mais pura sensação de fraqueza...
Presos nos escombros
Prestes a cair no abismo fatal...
A solidão...
Magoa...
Mata-nos aos poucos com os seus espinhos...
Sangue derramado
Incolor a nossos olhos...
Pobre criatura presa nas trevas.
Seu sofrer
Já não mais sentido...
Seus gritos mudos...
Suas lágrimas secas...
Seu olhar em vão...
Apenas dor...
Apenas alma...
Apenas solidão
Em seu coração!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

o amor que não há


 
 
O amor que não há.

A pele fria.

Sopros de vento cortam-me a pele sem teus abraços.

O amor que não há.

Um coração enfermo.

Corpo frágil para aguentar as lamina da saudade.

O amor que não há.

Não há tardes.

Não há noites.

E o amanhecer é um eterno sono.

Sonho.

Sono.

Sonho no amor que não há.

Que me mata de verdade.

O amor que há.

Há amor.

A dor que há a desatinar a chorar pelo amor que não há de voltar.

 

 

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Simplesmente uma Borboleta