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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Assim espero

 


Conviver com ausência é quase impossível...
Pois a perda de quem amou...
Dentro de nós forma um buraco...
E o vazio ocupa...
Não existe nada que sacrifique mais...
Do que não ver mais a pessoa...
Ela partiu e não se despediu...
Essa dor sentimos em silêncio...
Ela dilacera o nosso coração...
E por isso só resta a solidão...
Pelo menos a saudade existe para ficarmos perto da pessoa...
É como uma fuga de nossa própria ausência...
Para encontrarmos rastros de quem nos fez amar...
E acreditar nos sonhos...
Ela serve para sentirmos a presença do amor...
Nossa memória eterniza...
Cada palavra...
Cada abraço...
Cada beijo...
Cada jura...
E fugimos para ficarmos juntos...
No silêncio da alma...
Ele cala a dor e enxuga as lágrimas...
Esconde a tristeza e fraqueza...
Para não agonizarmos ainda mais...
Por ter deixado o amor partir...
Sem ao menos insistir pra ficar...
Agora não há tempo pra nós...
Pois o tempo que era para termos vivido...
Esgotou-se...
Portanto o que sobreviveu...
Foi apenas o momento que permitirmos viver...
Que está dentro de nós...
E só morrerá...
Quando não existir mais saudade...
E lugar pra você invadir quando bem quiser...
Onde morou e se refugiou junto comigo...
Quando sofrermos pela distância...
E tivermos de renunciar um ao outro...
Senão nós dois estaríamos aprisionados até hoje...
Por isso, mesmo o amando...
Mesmo sangrando por dentro...
Quis que você se libertasse...
Porque sofreria mais, vendo você infeliz...
E aí sim teria te perdido de verdade...
Ainda bem que um de nós se salvou...
Espero que a dor passe um dia...
Pra eu me salvar também...

sábado, 12 de outubro de 2013

Vulnerável...


 
Não sei fazer os problemas sumirem, mas aprendi a sumir dos problemas.
Permanecendo os problemas onde estão e eu em qualquer outro lugar
Por isso se de repente não me achares nunca mais é porque passei a me importar com coisas que pareciam não me incomodar, estando ao seu lado.
Pode ser que eu não vá...
Porém pode ser que eu não fique!

sábado, 5 de outubro de 2013

Afastando a solidão

 E na chegada do outono
Com as folhas a cair
Posso sentir o vento
E a leve brisa a sorrir.
E nas noites de inverno
Onde o frio faz congelar
Lembro você na neve
Sempre a “snowboardear”.
Mas ainda é primavera
E as flores vão nascendo
Colorindo minha vida
E de amor me embevecendo.
Minha menina tão linda
Que hoje vive no céu
Vive também minha vida
Não me deixando ao léu.
 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Lágrimas depressivas


 
 
 
 
São assim todo o dia
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia
Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas...
Lágrimas desperdiçadas...
Tentando aliviar meu martírio
E eu odeio tudo isso
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Até já tentei suicídio
Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria
Lágrimas...
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas...
Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar
Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Só trouxe minha crucificação
Mas isso não me abateu
Pois, assim como eu

Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano
·
Muita gente morreu...
Nessa imortal depressão

 

 

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Simplesmente uma Borboleta