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segunda-feira, 25 de junho de 2012

A sintaxe da realidade


Mal as coisas se pronunciam
E já declinam sobre o real
Deixam de ser
Tento em vão perpetrar
Mas é o fim que propago
É o fim...
Meus sentidos pedem a inércia
Me enganam e morro pelo inimigo
O mais próximo que se diz amigo
Que só me fere por ter entrado
Pela porta da frente que eu abri
Toma-me sem pedir o que a princípio
Deveria ser apenas meu
E por fim aniquila-me sem morte
Seja lenta ou honrosa
E as palavras se calam
Todas
vi que mal preciso das palavras
Antes muda e cega
Para não interagir com esse mundo cão
Se acho favo é mais que amargo
O diáfano da leveza pálida e viscosa
É mesmo o silêncio

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Simplesmente uma Borboleta