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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Papel Silêncio

Pleno dia...
Uma janela imensa
 Um mundo que se fecha em mim.
Noturnos tocam-me a pele.
Num instante um súbito tremor...
Escrevo em sobressalto, mas nada se move ao meu redor ansiedade cortada por traços vagos de horizonte.
Existe um céu muito perto repleto de pequenos flocos de neve que me toca a alma.
O recomeço...
Cores que se desdobram para o sublime existem tantas gavetas por aqui.
Chovem vozes lentamente como fragmentos coloridos que nos envolvem.
Lentamente sente-se o renovar das manhãs.
Todos os passeios marítimos num só passo…
E por dentro de mim o balanço de um assobio fagulha.
A combustão existe no endereço onde se acomete a dança uma casa habitada.
Não existe tradução no papel silêncio e os regatos sonham imagens por onde nascem dedos que os meus olhos prolongam.
Pequeno é o sonho que não questiona o som do corpo e o seu crescer espiral de espanto.
Em tempos existiu quem se ocupasse do vento, das cores, do perfeito desenhar dos seios de uma mulher.
Agora me faltam vocábulos para embelezar os rostos belos e inocentes com cheiro a terra.
 Nu perante o mundo...
Nesta janela adiada está toda uma vida suspensa que me observa.
Atreve-se a vida ao ruído fora do casulo.
Serão estas as diferentes dimensões?
Atravessar as emoções segmentando a realidade.

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Simplesmente uma Borboleta