Pleno dia...
Uma janela imensa
Um
mundo que se fecha em mim.
Noturnos tocam-me a pele.
Num instante um súbito tremor...
Escrevo em sobressalto, mas nada se move ao
meu redor ansiedade cortada por traços vagos de horizonte.
Existe um céu muito perto repleto de
pequenos flocos de neve que me toca a alma.
O recomeço...
Cores que se desdobram para o sublime
existem tantas gavetas por aqui.
Chovem vozes lentamente como fragmentos
coloridos que nos envolvem.
Lentamente sente-se o renovar das manhãs.
Todos os passeios marítimos num só passo…
E por dentro de mim o balanço de um assobio
fagulha.
A combustão existe no endereço onde se
acomete a dança uma casa habitada.
Não existe tradução no papel silêncio e os
regatos sonham imagens por onde nascem dedos que os meus olhos prolongam.
Pequeno é o sonho que não questiona o som
do corpo e o seu crescer espiral de espanto.
Em tempos existiu quem se ocupasse do
vento, das cores, do perfeito desenhar dos seios de uma mulher.
Agora me faltam vocábulos para embelezar os
rostos belos e inocentes com cheiro a terra.
Nu
perante o mundo...
Nesta janela adiada está toda uma vida
suspensa que me observa.
Atreve-se a vida ao ruído fora do casulo.
Serão estas as diferentes dimensões?
Atravessar as emoções segmentando a
realidade.
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