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quarta-feira, 9 de março de 2011

A Bela Das Trevas ...


Mesmo acostumada com a ausência, com a falta de noticias que a alegrem ou ao menos lhe deixe menos preocupada.
Mesmo acostumada a querer o mundo em seu colo sabendo que não teria forças para carregá-lo.
Mesmo assim a Bela tenta caminhar de cabeça erguida tomando cuidado para não tropeçar mesmo sabendo que este tropeço poderia ser sua salvação, um tombo agora que esta nas nuvens seria fatal e talvez quem soubesse a livraria de maiores dores futura maiores até do que as que já suportaram e enfrentou de cabeça erguida.
Já foram tantas experiências, tantas expectativas, tantas derrotas seguidas de vitórias que se tornaram pouco significativas perto da tristeza constante de uma alma que sorriu poucas vezes em toda vida, outra desilusão agora seria fatal para o fim trágico que a Bela havia sonhado desde pequena.
Talvez o fim que pedira aos Deuses, como nunca sorriu antes sempre imaginou um fim trágico, fúnebre, mais glamoroso a altura do que ela merecia por se dedicar as tristezas de uma alma por toda sua vida.
Todo dia faz parte de um fim pena que nem todo fim faz parte de um dia, assim o martírio da Bela já teria se desfeito como deseja desde quando abriu os olhos e viu a luz do dia pela primeira vez.
Nas trevas a Bela encontrou a força que precisava para sobreviver e crescer descobriu a maldade do mundo e teve o poder de escolher segui-la ou se manter sufocada por ela.
Na escuridão ela aprendeu a enxergar, aprendeu a se defender do que poderia levá-la a um caminho pior do que este que vivera e ofuscava seu brilho de uma forma tão brutal.
Nas trevas ela aprendeu a sorrir pela primeira vez com vontade, aprendeu a deixar escorrer as lágrimas que marcariam magoas, derrotas, desilusões e vitórias que não eram significativas diante de tanta dor para uma única alma.
Nas trevas ela planejou seu fim, fim este que esta próxima de acontecer é apenas uma questão de espera, e isso ela sabe fazer melhor que ninguém esperou pelo o amor e ele a abandonou sem dizer adeus, esperou pela realização, pela satisfação e elas vieram em horas erradas há impedindo de comemorar, esperou por um sentimento que classificamos como Alegria, Felicidade e quando veio durou tão pouco tempo que ela nem pode perceber o quão é bom se sentir em extasie.
Se o fim é apenas uma questão de espera ela o esperara dignamente sentado em seu canto preferido do quarto, onde ela pode ver uma única estrela no céu pelo buraco de uma fresta da janela lacrada por madeiras, para que ela nunca fugisse dali, já que escolheu por ser sufocada pela maldade há se unir a ela.



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