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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os amantes

A lua cheia ilumina as trevas desta noite
Fazendo-me lembrar de coisas que tenho saudade...
Meus sentidos estão amortecidos
Estou privado de sentir...
Minha vida tem passado em minha frente
Momentos, momentos...
É a saudade...
Não dos momentos, não do que já passou
Mas dos meus sentidos...
Sentidos que foram sendo mortos, dia após dia...
Pela falta de amor e compreensão da nossa chamada
Civilização racional...
Viver de modo civilizado?
Matar meu coração, meus sentimentos...
Insanidade por todos os lados...
Aqui, sim! Aqui debruçado nos meus devaneios
Eu procuro minha essência...
Roubada no distanciamento “civilizado” do esperado
Eu sei lua!
Tu és testemunha, minha amante companheira aqui nas noites
Preciso nesse mar de indiferença
Encontrar minha inocente alma
Perdida na escuridão do “ideal”.
De alguma forma eu sinto...
O amor da noite sobre mim, me envolvendo...
Tal como uma noiva abandonada pelo seu noivo...
Sinto a noite também buscar alento em mim
Repudiada...
Mas não por mim, seu eterno amante...
De alguma forma, em sua compania...
Eu sinto minha alma voltando ao meu corpo
E transformando esse cadáver civilizado
Em um ser, temido e ameaçador
Para a cauterização dos coadjuvantes...
Eu sei lua!
Eu sei noite!
Quão doce é alma que se permite
Envolver-se em sua melancolia
Permitindo que o mórbido seja o inimigo de sua conformidade e comodismo.

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